Família Petrelli

domingo, 19 de outubro de 2014

Carta Família Petrelli - Outubro 2014



Antananarivo - Madagascar, Outubro de 2014.


“Como são belos os pés do mensageiro que traz boas notícias, que anuncia as boas-novas, proclama a Salvação”- Isaías 52:7



É interessante perceber como Isaías relata a beleza da chegada da esperança à um povo. Ainda nos dias de hoje é difícil imaginar que existem milhares de povos que ainda não conhecem as boas novas do evangelho, são milhões de pessoas no continente africano (sem citar povos de outros continentes). Só em Madagascar, dos 18 povos existentes, estimasse 13 não alcançados (espalhados por todo o país), a maioria em lugares de difícil acesso e recursos limitados .  



O foco de nosso trabalho tem sido pesquisar, conhecer e priorizar os não alcançados da Ilha e, ainda que para chegar à estes nos exija longas e desafiadoras jornadas, “pisar” em um lugar onde jamais nenhum outro missionário havia antes pisado traz à nós uma sensação indescritível e única. Uma mistura entre alegria e privilégio X responsabilidade e pequenez. O que reafirma a nossa necessidade em viver na dependência de Deus e o apelo por mais obreiros e intercessores.



Após três anos vivendo aqui, conhecendo e visitando diferentes comunidades, percebemos que embora os povos de Madagascar apresentem diferenças em cultura e língua eles têm algumas similaridades como: adoração aos ancestrais,  sacrifício de animais, altares aos mortos; pedras, montes e árvores sagrados... São cheios de superstições, regras e tabus. Vivem em um ciclo onde amarrados pelas necessidades físicas se aprisionam também à miséria espiritual. Por exemplo: pela ausência de médicos, buscam os feiticeiros; pela ausência de comida vendem seus filhos, etc).  Pessoas hospitaleiras, geralmente muito trabalhadoras (aliás, mulheres e crianças também trabalham como um homem adulto), magníficos com trabalhos manuais (pedra, madeira, palha). Uma população de maioria jovem (até 14 anos), vivendo com muito pouco ou quase nada. Povos que nunca tiveram a oportunidade, mas que desejam conhecer o evangelho. Pessoas que necessitam conhecer o poder libertador do amor de Deus.



Nos últimos três meses, encontramos e visitamos 17 vilarejos que representam 3 diferentes povos de Madagascar: Antandroy, Antanala e Antakarana. Temos ainda muito trabalho pela frente, existem ainda muitos outros povos e lugares à chegar. O nosso objetivo é poder trazer equipes missionárias que estejam dispostas a viver em meio à estes povos com o intuito de alcançá-los através do relacionamento, visto que alguns destes não aceitam a presença de igrejas.



Louvamos a Deus todos os dias por termos aceitado o desafio desta missão. Deus é fiel e temos provado disto em todo o tempo. O preço já pago por nós por meio de Cristo não chega aos pés de nossas renúncias. Jesus ama a cada povo e nação e deseja nos (eu e você) usar pra alcançá-los. Ferir ou calejar “os pés” faz (ou deveria fazer) parte da jornada cristã, seja onde for. Afinal, fomos chamados como igreja à amar, seguir o caminho da cruz e conquistar as nações para a Glória de Deus.



Ore conosco:
* Por nossa família (saúde física, emocional e espiritual; educação dos filhos);
* Pela equipe Miaf, por Madagascar e pelos povos não alcançados da África;
* Ore por Rodrigo que tem coordenado a área de pesquisa por povos não alcançados em Madagascar (saúde, sabedoria e segurança nas viagens);
* Ore ainda pelo nosso projeto em treinar Malgaxes para chegarem conosco aos locais não alcançados.



Motivo especial de Gratidão:
* A vinda de nossos pais (Edson, Célia e Antônio) e o privilégio que tivemos de estar com eles no mês de agosto em um lugar muito bonito da ilha, também pela oportunidade de matar um pouco a saudade que muitas vezes aperta o nosso coração. Expressamos a nossa gratidão à Deus e à nossos pais pelo tempo especial que passamos juntos.


Continuamente agradecidos por cada parceiro intercessor e mantenedor,


Em Cristo Jesus,

Pr. Rodrigo, Valeska, João Pedro e Asafe.

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